A Natureza existe, é uma realidade.
A interdependência permanece, haja ou não consciência disso. Os ciclos ocorrem sem cessar, beneficiando ou prejudicando o ser que segue o curso de um rio sem saber nadar...
No entanto, para quele que escuta, que vê e para aquele que sente, esses ciclos não são bons ou maus uma vez que que ele se adapta às mudanças, permanecendo equilibrado com o meio que o envolve.
O ser que se submerge em pensamentos e preocupações afoga-se. Não consegue prestar atenção ao que o rodeia, não vê a rocha que rompe o rio e à qual se pode agarrar. Os pensamentos ofuscam a visão, a preocupação dispersa a atenção.
Quando o ser se perde nos pensamentos e preocupações, fica preso a um mundo imaginário que não possui respostas aos desafios propostos pela realidade que este enfrenta. O que sai de si (o externo) é-lhe estranho e apenas perceptível quando um espinho se cruza no seu caminho ele se apercebe que há algo mais que o afecta., no entanto não sabe o que é...
A àgua leva-o, ele não sabe para onde nem como chegará, seja onde for. Está tão preocupado pelo facto de estar a ser levado pela corrente do rio, que nem sequer vê a saída de fronte dos seus olhos.
O Homem sereno cala a mente e sossega o espírito, ouve o vento e o canto dos pássaros. Sente a brisa e observa as variações de luz ao longo do dia. O Homem sereno trava o tempo despertando a sua atenção, observa sem reflectir (intui). Aqui ele sente apenas os efeitos que o exterior lhe proporciona, tomando consciência no fogo que se dissipa e na àgua que se move a sul.
O seu corpo respira a vitalidade natural e dá à terra o fermento que esta necessita para gerar vida. Ele participa, de forma íntegra, ele é Natureza.
O silêncio alcançou a integridade, a quietude levou-o à luz
"A integração na Natureza provém no silêncio da atenção, na quietude do espírito"
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