quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Vira-te do avesso e descobre-te

Enquanto procurares fora o que tens dentro, serás escravo da tua própria ignorância
 
Os nossos sentidos puxam a nossa mente para o exterior, levam-nos a interpretar, discriminar e apreender o que eles percebem. Os nossos sentidos permitem-nos interagir, indentificar e separar o que nos rodeia. Mas estes criam-nos uma distração, uma muito importante.
Levam-nos a acreditar que tudo o que necessitamos está ao nosso redor,  e muitas vezes não está ao nosso alcance.
 
Nada de mais errado, uma rasteira que a mente nos prega por viver dependente dos nossos sentidos...
 
Se ao invés de dependermos exclusivamente dos nossos sentidos, nos escutarmos a nós mesmos vamos realizar algo de diferente. Ao sossegar a mente, ao parar de olhar, ouvir e cheirar. Ao deixar  de tocar e falar, algo de novo surge. Uma nova sensação. Muitas vezes essa sensação é inquietante, desconcertante, fonte de ansiedade e medo. É o, porque não estamos acostumados a percebê-la a escutá-la, ouvi-la e senti-la. Essa voz, sensação ou perturbação somos Nós. Ao percebermos isso o medo desaparece, a ansiedade desintegra-se, o pavor da solidão transforma-se em amor, e a quietude brota como uma flôr na primavera.

É importante ouvirmo-nos, pois muito aprendemos
É importante escutarmo-nos, a nossa percepção aumenta
É importante sentirmo-nos, dessa forma conhecemo-nos e sabemos o que realmente nos é importante
 
Diria que é nesse momento que começamos o verdadeiro caminho. É o momento em que damos início ao processo de crescimento do ser e que caminhamos de forma consistente para o que toda a Humanidade, e já agora o mundo, anseia, a realização.
 
Em nós residem todas as respostas
Em nós habitam todos os desafios
Em nós o Homem realiza-se, realizando também a Humanidade

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