Sem dúvida que o maior desafio de todos, quando decidimos enveredar pelo caminho da transcendência, é a disciplina. Ser capaz de continuar o trabalho de forma regular e consistente, motivado e focado sem nos deixarmos desviar do nosso objectivo.
Num mundo em constante mudança e em que somos constantemente estimulados a seguir diferentes direcções é nos exigido um grande trabalho para que consiguemos permanecer com o nosso plano sem o mínimo desvio de atenção
No clássico alquímico Escrituras preciosas dos 9 realizados é dito o seguinte:
…”a alquimia não funciona se fores inconsistente. Se a praticares quando estiveres bem disposto, mas depois distraído pelos acontecimentos e negligente quando a disposição desvanece, então o teu espírito é influenciado e a tua energia desaparece quando não estás a praticar, como alguém que não tem prática alguma. Mesmo que voltes a ter disposição para voltar à prática, será como fiar com demasiados fios em falta, não terá qualquer eficácia.
Gostamos de pensar que devemos seguir a nossa motivação e não nos devemos forçar, relativamente à mente. Este excerto mostra o quão erradas estão as pessoas que pensam assim. O processo alquímico é um processo de construção ou reconstrução. Não pode ser parado a metade, não deve ter pausas nem distrações. Aquele que envereda o caminho deve saber de antemão, o quão difícil é e a tamanha exigência que lhe será pedida.
”… neste processo, a não ser que te foques no desenvolvimento da tua força de vontade, é altamente provável que desistas algures no caminho. Então deves ter uma determinação inquebrável, pensamento persistente, uma energia; primeiro liberta-te de ti mesmo…”
Esta é, a meu ver uma grande ilusão vivida por todos os que praticam, como eu, a via alquímica, mas existem outras…
“…primeiro liberta-te de ti mesmo…”
Esta ideia é de tão profunda e complexa que nos obriga a fazer uma enorme reflexão.
O que será libertar-me de mim mesmo?
Deixo que essa reflexão seja feita por cada um de vós…
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