É uma imagem realmente interessante para tentarmos "materializar" a forma como a nossa mente processa o que nos rodeia, mas sobretudo o que nos permeia...
Se quisermos simplesmente assumir que a matéria que usamos para encher o "copo" é o conhecimento, as experiências, as sensações todos tenderemos a pensar... "quero ter o copo cheio".
Poucos serão aqueles que não querem saber mais, fazer mais, serem mais capazes, etc...
Mas aqui quando falamos de copo cheio, assumimos desde logo um limite, pois a partir do momento em que o copo está cheio, tudo o que vier a mais, transborda. Quer isto dizer que tudo o que vem a mais não é aproveitado, processado sequer.
Estas alusões servem muitas vezes para transmitir a ideia de limite em que as pessoas se encontram. O copo cheio pode simbolizar uma pessoa em ansiedade, do limite físico, mental e emocional... Já o copo vazio simboliza a disponibilidade, a tranquilidade a abertura, etc.
Mas...
Na realidade o copo nunca está vazio, a diferença é que, quando o enchemos de água vemos, quando retiramos a água ou outra matéria qualquer, esse espaço é ocupado pelo ar e todos as partículas, microorganismos que ocupam "esse espaço".
Por isso na realidade quando nos queremos esvaziar, não o estamos a fazer. Estamos a substituir o nosso estado, alterando-o por outro, melhor. E isso que na realidade acontece.
Sendo melhor, podemos ainda dar mais um passo. Tentar fazer como a palhinha... A palhinha não tem topo nem fim, nela tudo passa e nada fica. Ela não retém nada e por isso nunca enche. Por vezes está cheia, outras vazia, na realidade o seu estado reflete o presente. E é assim que devemos tentar ser, como uma palhinha. Lidarmos com o que nos rodeia sem nos fixarmos nas experiências, obstáculos e desafios. Simplesmente vivenciar, e agir de acordo com as situações.
Vivendo sempre, e apenas, o presente! Nada do que passou eu posso alterar, nada do que ainda não aconteceu me pode afectar. Apenas o presente interage comigo e é nele que devo viver.
Sem comentários:
Enviar um comentário